sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pensares a conta-gotas (15)

O amor, só se canta de dentro.
Ninguém o ouve e sente
Senão vindo de silêncio íntimo.

Oriundo da boca pra fora,
Seu canto não cala tão fundo.

Mesmo fraco, ou agudo,
Mudo ou, até, quase moribundo,
Será sempre o amor
A dar o tom, na sinfonia do mundo.



Não sei como até aqui,
Nessa altura da vida,
com vida cheguei.

Não entendo o porquê
De só de mais querer,
Consegue-se vencer na lida.

Desdenho, mas sempre oscilo
Entre ânimo e desalento,
Ando, paro, ora me retenho
Ora me apago, ora me ascendo.

Em desvantagem, espero coragem.
Sei que mais passos darei,
Apesar de mais cansaço,
Que de mais eficácia, no empenho.

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