A
cada ser sua sorte,
que
tudo nasce e morre.
Até
o sol, cedo ou tarde,
brilha
intenso,
depois
arde e explode.
À
pedra, sua casa e cimento;
à
árvore, sua mesa e cinzas;
ao
capim seu viço e fermento;
à
flor, sua beleza e luto;
ao
fruto, sua cor e semente.
O
boi, sua carne e couro;
a ave,
seu canto e penas;
o peixe,
seu nado e alimento;
o
homem, sua fome enorme,
conforme
berço e nome.
De
todos, o destino cobra caro
o
mesmo desatino eterno e certo
da
inexorável e temida morte,
ou
o céu, a provação, o inferno,
o limbo,
ou o vagar a esmo.