Oração de descrente numa
6ª feira da paixão de 2/4/21.
Ó jesus, se for mesmo verdade
que vieste a esta Terra
e morreste na cruz, como se traduz,
pensando, também, em mim,
num desses dias tristes, de pouca luz,
como agora em nuvens se fazem,
releva minha pouca fé
de ser tão racional
como me fizeste, inconteste,
na fórmula atestada de origem
do barro amassado sem igual...
Pudesse ao menos, por ora, saber
como tudo pode ter acontecido
aos habitantes de outros mundos distantes,
nesses espaços infinitos de gigantes,
onde também deves ter ido,
e que nenhuma bobagem fizeram,
por frequentarem lugares bíblicos proibidos,
ou ignorarem tua mensagem
cheia de verdades de amor e paz,
que certamente lhes deixaste de graça
para o bem da comunidade!
Se o lugar, aqui, era tão limitado e reduzido,
meios de locomoção tão escassos e falidos,
que tuas palavras ainda não podiam alcançar
os todos que morrem, morreram
ou haverão de morrer de precisões e carências,
sem conhecerem tua vontade de união,
pelo pouco de entendimento de ciências
de quantos mistérios é feito o infinito
desses espaços e desses tempos irrestritos,
que ainda fogem de minha incipiente razão,
mais uma vez, peço tua inegável compreensão.