O sol bem pouco
mudou,
nesses
últimos milhões de anos-luz.
A lua
continua nua a nababos,
clareando
as noites dos amantes.
Mar e terra,
ainda, se respeitam
dentro de limites traçados.
O homem,
recém-nascido,
já começa a
perder a cabeça,
se achando
dono do mundo.
Mas quem sobreviverá
imune
à hecatombe
por vir,
preparada
pelos humanos,
a qualquer prejuízo?
Uma barata
tonta, talvez?
Um
escorpião indez, desorientado,
ou um vírus
inteligente,
multiplicando poderes,
invisível,
recém-acordado?