Não
gosto de fazer anos.
Quanto
mais os faço,
menos
sobram pr’eu viver.
Foi-se
o brilho do rosto,
depois, ficou mais tosco,
agora, um esgar mais fosco.
Não
é mais a vida,
mas
a ferida que conta,
a
invadir o débil corpo.
A
ultrapassagem é dura,
não
haverá como retroceder,
para
mais tempo viver.
Cada
um tem seu sofrimento,
mas
carrega somente o seu,
sem
qualquer fingimento.
(Lembrando
Arquimedes)
De
tão diminuto e mudo,
sem
nenhum apoio,
o
vírus levanta o mundo.
O
mundo segue rodando.
As
pessoas se amando.
A
mando de quem?
Um comentário:
Prezado amigo,
Este poema revela suas inquietações filosóficas existenciais. Menos anos a viver do que já vivemos. Por isso vamos valorizar cada dia. La vie est belle!
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