sexta-feira, 30 de julho de 2021

Migalhas de Mim (97)

 

O sol bem pouco mudou,

nesses últimos milhões de anos-luz.

A lua continua nua a nababos,

clareando as noites dos amantes.

Mar e terra, ainda, se respeitam

dentro de limites traçados.

O homem, recém-nascido,

já começa a perder a cabeça,

se achando dono do mundo.

 

Mas quem sobreviverá imune

à hecatombe por vir,

preparada pelos humanos,

a qualquer prejuízo?

Uma barata tonta, talvez?

Um escorpião indez, desorientado,

ou um vírus inteligente,

multiplicando poderes, invisível,

recém-acordado?

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