“Vós,
Senhora, tudo tendes
sendo
que tendes os olhos verdes.
Dotou
em vós Natureza
o sumo da perfeição;
que
o que em vós é senão,
é em outras gentileza:
o verde não se despreza,
que,
agora que vós o tendes,
sam
belos os olhos verdes.
Ouro
e azul é a milhor
cor
por que a gente se perde;
mas,
a graça desse verde
tira
a graça a toda a cor.
Fica
agora sendo a flor
a cor que nos olhos tendes,
porque
são vossos... e verdes!”
(transcrito de Rimas de Luis de Camões, Nova Edição , Revista, Coleccão Literária Atrântida , Coimbra, 1961, p. 33)
(transcrito de Rimas de Luis de Camões, Nova Edição , Revista, Coleccão Literária Atrântida , Coimbra, 1961, p. 33)
Troco, de Camões, verde por azul,
que, além de ser, também,
mui belo, e, não, breu,
é a cor do céu singelo,
e a cor, Alice, que Deus lhe deu!
(“Bobô” Joaquim)
Olhos de Alice
Quem
te brindou
com tal par de olhos
azuis, pérolas de luzes,
azuis, pérolas de luzes,
d´água-marinha singular?
Rainha ciumenta,
Natureza não cobra
valia sobre beleza,
valia sobre beleza,
e concertada obra.
Só a complementa
de mais encantos,
e, de graça, a ostenta
aos quatro cantos.
Só a complementa
de mais encantos,
e, de graça, a ostenta
aos quatro cantos.