Estou criando este blog para compartilhar com os amigos leitores algumas ideias sobre textos de cunho literário, que podem ser poesias, contos, crônicas. A ideia seria publicá-los e aguardar seus comentários e opiniões. Gostaria, também, de proporcionar-lhes algumas oportunidades de prazer literário e, ao mesmo tempo, provocar alguma crítica, construtiva, sobre os textos aqui publicados. A exerga que precede o "começo de conversa", que ouvi da boca do Ziraldo, já expressaria a minha alegria em sabê-los lidos e apreciados, sem que isto subtenda merecedores de elogios. Sugestões e críticas são bem vindas. Já que o texto nunca é definitivo, permitir-me-ei relançar alguns escritos que já vieram a público sob a forma de livros, e, que, mais dias menos dias, deveriam, mesmo, ser reescritos. Estou, de fato, preparando mais um livro de poemas ("Pensares a Conta-gotas") e um outro de contos e/ou crônicas ("Contos Contados"), dos quais vou lhes apresentando aos poucos alguns excertos. Espero ser presente. Obrigado pelas visitas e pelos comentários! Joaquim Caixeta
"Quem meu filho beija minha boca adoça" (pela boca do Ziraldo)
Esvazio gavetas e caixetas.
Não faço triagem em minhas imagens.
Alegres, variadas e tristes,
há delas boas, menos boas,
ruins e, até, menos ruins.
Na média, razoáveis coragens.
Obedeço o pé que por primeiro,
me coloca no espelho, ao me levantar,
no dia em que sucumbo à vontade
de escrever recados do coração.
Assim é na vida a esmo
de quem vive à revelia de si mesmo:
deixa-se levar pelo ritmo da corrida,
contemporiza-se nas despedidas.
A restolha fica por conta do leitor,
que bebe o quanto lhe aprouver
se quiser, ou como se puder,
embora espere, sempre, que me dê
a honra da sede, no gosto da bebida.
∞
Lampejos são
desejos
vãos?