terça-feira, 28 de junho de 2011

Na China

Já antes de visitar a China, no mês de fevereiro, escrevi um poema sobre uma cena que assisti pela televisão, por ocasião dos jogos olímpicos de Pequim. Um poeta escrevia seus poemas sobre a calçada, assistido pelos que passavam, com pincéis embebidos em água. Esta mesma cena pude ver em visita a um pagode, templo budista, na cidade de Xi´an.

Hoje, vi uma cena de uma chinezinha que salvou, com um beijo, um adolescente prestes a se suicidar (http://extra.globo.com/noticias/mundo/beijo-de-desconhecida-evita-que-jovem-chines-cometa-suicidio-2119843.html).

Sobre a alma da China e dos chineses, esta solidariedade e espírito fraterno e amigável, escrevi, também, um poema, como lembrança de um passeio que me marcou no fundo d´alma.

Do livro "Poemas do For(n)o Íntimo" (2009):

O poeta chinês escrevia
na calçada da rua calma
poemas ideogramados
no silêncio de sua alma.

Seus pincéis eram molhados 
na água do desprendimento
e não da fama e das alturas
do reconhecimento do púlpito.

O calor do sol
e das tantas leituras
iam apagando a efemeridade
das partituras
no passeio público.

Sua arte projetava conjecturas
no afã das mentes sãs
de leitores e criaturas
desnuda de vaidades vãs.

Do livro, ainda inédito, "Pensares a contagotas":

Caminha-se à neve e ao sol,
nos variados climas e cantos,
da China.

Dorme-se à fantasia e ao sonho,
nos largos espaços e tempos
da China.

Revive-se à história e à hora,
nos muitos passados e glórias,
da China.

Na China, ama-se tanto e mais,
quando amigos se faz
o quanto se quiser,
ou se é capaz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bonitas palavras!

Anônimo disse...

Simplesmente maravilhoso.