Toda beldade envelhece,
padece do mal da idade,
que o tempo arranha
no corpo sedoso, suavidades,
na face, macia, aveludada,
até que o ânimo esfria
e o destino chega, à revelia.
A vida nasce, dura,
nunca perdura, na realidade,
que há mais gente futura,
vindo atrás, na estrada,
que sempre nos empurra,
mas não nos enfrenta,
que o eterno é caminhar.
Mas como há os amigos,
que a vida nos garantem,
até a porta certa, mais adiante,
já é sorte poder conviver
com a alegria, grande aliada,
a saúde, virtude e consorte
na sorte das vidas passadas.