Lá où la science trébuche encore, la poésie s´exprime dans ce langage candide et plein de fraîcheur, celui d´une enfant sage et rieuse, émerveillée par la beauté du monde." (Prov. 8, 22-35). Tradução literal: (Lá, onde a ciência empaca (ainda não explica), a poesia se exprime numa linguagem cândida e cheia de frescor, própria de de uma jovem sábia (bem-comportada) e risonha (Maria?), maravilhada pela beleza do mundo.) Texto extraído de Jean-Marie PELT - Pierre RABHI: Le Monde a-t-il un sens?, Fayard, 2014, p.26
Redenção
Judas e
Maria,
por vontade
divina,
puseram
Jesus numa fria?
Em Caná: “Mãe,
Mãe,
ainda não é
chegada
minha
hora. Adia!!!”
Mas já era tarde,
“eles não tinham
mais vinho”.
A vergonha grande seria,
maior que
as alegrias dos presentes,
jovens convivas da festa
de nubentes.
Na Ceia: “o
que tiveres que fazer,
faze-o, logo!”
ao aviso o apóstolo induz.
A dor da
espera, no Getsêmani,
grande seria,
maior que a
dos cravos na cruz.
(“Pai,
afaste de mim este cálice”,
“Eloim, Eloim,
lamma sabactani”,
Meu Pai, por
que me abandonaste?
Um de vocês
vai me entregar.”)
Não havia como
fugir ao combinado,
os planos
de Deus já eram traçados.
Os demais atores
do martírio
tiraram o
corpo fora, no delírio?
(“Acaso
serei eu, Senhor?”
“Não
conheço esse homem!”
“Sou
inocente do sangue dele.”
Não temos
outro rei senão Cesar”.)
Maria, todavia,
sentira que era a hora,
de antecipar
a missão salvadora do filho.
E Judas não fugiria
de corroborar
os planos
de amor do amigo redentor.
Pois é!
Esse foi e é o mistério da Fé!