(12/3/17 Com o passar dos
tempos...)
(A
um aniversariante, sempre vivo e pensante).
Antevistos dos dez, dos vinte, dos
trinta,
os setentanos ainda estão longe de
chegar.
Mas, considerados de mais próximo
alcance,
dos quarenta, dos cinquenta, dos
sessenta,
ainda há muito tempo para se melhor pensar...
Imagine-se setentanos, revistos pelos
de maioridade,
dos oitenta, dos noventa, dos já sem
idade, em fim,
pensados dentro de um tempo persistente,
inexistente ou imaginado, artificialmente
criado,
que extrapola filosofias e
entendimentos...
Aniversários fazem pensar na vida,
com o passar dos tempos inexoráveis,
dos instantes, dos minutos, das horas,
dos anos a se sobrecarregarem de
mais anos,
de experiências, de acertos e de enganos...
A vida..., são momentos
inconstantes,
sensações de alegrias tamanhas,
sentimentos incertos, tensos ou tacanhos,
pensares encontrados, desencontrados,
ou mesmo, menos afeitos a artimanhas...
A vida..., são nuvens passageiras movidas
a ventos,
ora estratos e cirros, fatiados
véus, coloridos,
ora cúmulos-nimbos, arminhos algodoados,
ou cinzas-escuros, carregados de águas,
se preparando para choverem mais
vidas...
A vida..., são gentes caminhando,
umas correndo, brincando, pulando,
outras, apenas andando, a passos
estreitos ou largos,
vagarosas ou apressadas, na largura
dos ânimos,
já quase parando, ou, até, se mortificando...
A vida..., de única continua idade,
são energias se refazendo, se renovando,
porque tudo no mundo, no universo,
é diverso,
e não para de perambulante vagar,
de nascer, e sempre mudar de lugar...
Aos setenta, a vontade é de mais
viver, consciente-mente,
por mais sete, ou setenta vezes
sete anos,
em quaisquer partes ou dimensões,
que ora ainda se ignora,
a mente liberta, infinita-mente, se
multiplicando,
pela idade eterna, evoluindo, etérea,
por aí a fora...