quarta-feira, 8 de março de 2017

Nuvens Esparsas (46)

Relembranças

Noites caladas,
imensidões imaginadas,
avoenga fazenda,
às escuras de ideias.

A meu lado, o avô,
de vigília, na janela.
Faróis piscam ao longe
acendem e apagam a escuridão.

Inusitadas sensações,
fantasmagorizadas
luzes passam,
em céu imaginário.

Apesar da presença, o silêncio impera.
Como o tempo ligeiro,
as pessoas mutantes também transitam
por outras dimensões.

A estrada de Patrocínio,
dali, deixou de ser visitada,
fervilhante, agora, de movimentação
com luzes intermitentes, passageiras.

Clarões de carros, indo e vindo,
descendo e subindo, zunindo,
atropelam as ânsias de chegadas,
com mais presteza ao lar.

Mas, o sossego da noite,
de antigos apegos à vida
vão virando mais vidas
de infância revivida.

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