Relembranças
Noites caladas,
imensidões imaginadas,
avoenga fazenda,
às escuras de ideias.
A meu lado, o avô,
de vigília, na janela.
Faróis piscam ao longe
acendem e apagam a escuridão.
Inusitadas sensações,
fantasmagorizadas
luzes passam,
em céu imaginário.
Apesar da presença, o silêncio
impera.
Como o tempo ligeiro,
as pessoas mutantes também
transitam
por outras dimensões.
A estrada de Patrocínio,
dali, deixou de ser visitada,
fervilhante, agora, de movimentação
com luzes intermitentes, passageiras.
Clarões de carros, indo e vindo,
descendo e subindo, zunindo,
atropelam as ânsias de chegadas,
com mais presteza ao lar.
Mas, o sossego da noite,
de antigos apegos à vida
vão virando mais vidas
de infância revivida.
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