quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pensares a conta-gotas (18)



Apesar de sempre estudado,
O mundo há de continuar,
Como antes, imagem fugidia.
Sempre inacabado, à revelia,
Dos nublados olhares distantes.
Se é que, algum dia,
Como se pressente ou se garante,
Tenha sido começado
Numa explosão colossal de energia.



Eles se vestem de cuidados
E vão à festa
À cata de gatas
Que os devorem
E os cubram de agrados.

Elas, que se contentem
Com o que resta da festa
E dos raros gatos pingados
Que as enxerguem,
Por mais donaires ostentem.

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