domingo, 31 de julho de 2011

Pensares a conta-gotas (25)

O poeta não tem escolha.
Ou se converte ao verso
E o verte na folha,
Ou o esconde. Onde?
No ermo de si mesmo,
Afagando o que escreve,
Em solitário vagar a esmo.




O poema não é inútil,
Tecido, túnica inconsútil,
Sem retoque e sem ardil,
Embora, às vezes, difícil,
Ou, até, fútil transpareça,
E se permita e conceda,
De forma fácil e sutil,
A que toda lente hábil,
Versátil, ágil o reconheça,
Ou, com certeza, o reteça.

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