segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pensares a conta-gotas (11)

 “... a tradição tem nos mostrado que são inseparáveis os atos, as atitudes e os hábitos de pensar, ler e escrever.”
(Délcio Vieira Salomon, Como fazer uma monografia, p. 6)


Sonho contado
é brilho perdido
quando narrado.

Amor ideado
é sentimento esquecido
quando realizado.

Palavra empenhada
é valor minorado
quando grafado.

Fogo não reacendido
é calor apagado
no convívio calado.



Ora,
Ninguém melhor
No feitio da flor
Que a mãe da flor.

Ora,
Ninguém melhor
Na gestação do filho
Que a mãe d´a gente.

Ora,
Ninguém melhor
Na elevação da vida
Que a vida vivida.

Então,
A doação é cabal
Igual ao sempre existir
Da harmonia universal?


Tempo, tempo teimoso
Se existes, realmente, ditoso
Por que insistes
Em fazer-te presente
Imperioso sempre
Os dedos em riste?

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