segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pensares a conta-gotas (42)

Quando penso
que nada mais haverá
o que dizer,
surge um quê qualquer
a me desdizer.

O que fazer, então,
senão me render,
sem saber
donde provém a razão
de tal ocorrer?





O tempo de vida é por demais escasso,
E poucos os instantes de se saber
Como haverá de ser os outros minutos,
Sempre mais curtos de mais viver.

A vida de uma só vez perde a graça,
Com a eternidade se dividindo
Em só prazer ou em só desgraça.

Por que razão concebe-se o eterno,
E, nele, ainda, se coloca o inferno?

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