sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Pensares a conta-gotas (38)

O homem, ainda, haverá de viajar
Na velocidade do pensamento.
Mais ainda, porém, de chegar
Aos limites de legítimo intento.

Este não estará à luz de seu relance,
Enquanto não alcançar o momento
De poder desvendar seus espaços,
Para mais além de poder de alcance.




Toda amizade é redonda,
Aos poucos arredondada.
E nasce do rito do atrito,
Entre as partes acordadas.

O mundo todo é redondo,
Sutilmente se arredondando.
Até o angulado quadrado
Quando se rola, ralando.

O desgaste do uso, em tudo,
No engate da mecânica,
Faz parte do reajuste no fuso,
Para o belo e a justeza,
Do todo bordado profuso.

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