quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pensares a conta-gotas (41)

(De um sonho)

Descubro que existo e dependo de todos e de tudo.
Ainda, somos abundantes, os amigos do absoluto.
Todos crescemos, a cada instante, adiante,
(a cada dia, a cada mês, a cada ano,
a cada eterna idade, no universo, em paz).
Somos muitos, os viventes, e a seta comum é eficaz:
os valores bons, os amores tantos, o sermos santos.

Só sei que os amigos existem realmente,
não os agentes sonhados, longe dos fatos.
Menosprezo os pesares, as carências, os conflitos.
Vislumbro, também, o que move as boas intenções,
os vastos ideais, os atos de bem.

Não se para, por aqui, com encontros casuais.
Uns começando, outros terminando os caminhos,
para continuarem andando em outros patamares,
sempre subindo o monte dos valores,
nossos, de todos, impregnados de amores.

Esqueçam-se as dissensões, as guerras de nervos,
os maus olhares, os maus humores.
Promova-se o grito da independência das dores,
razão dessa eterna permanência nos ares.

As vias são sem limites, infindas, porque infinitas,
com idas e vindas, que nos permitem viagens,
não por estas lácteas galáxias,
e nebulosas tais, e cada vez mais,
de que nem se sabe se são pós de polvilho,
ou apenas sementes a pulverizarem mentes,
em noites cheias de trovas,
de luas cheias e de luas novas.

Um dia se saberá as razões de sermos o que somos,
desse universo certo e sem cercas.
Conceber-se-á o ilimitado do tempo imenso,
e, porque somos incansáveis exegetas,
cresceremos, para alcançarmos o inalcançável.

Para tanto, vivamos para viajarmos, amigos, juntos,
mesmo que, incontroláveis profetas
dos incógnitos mundos,
mesmo que nos aconteça afastarmos,
momentaneamente, das metas .

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