(De um sonho)
Descubro que existo e dependo de todos e de tudo.
Ainda, somos abundantes, os amigos do absoluto.
(a cada dia , a cada mês , a cada ano ,
a cada eterna idade, no universo, em paz).
Somos muitos, os viventes, e a seta comum é eficaz:
os valores bons , os amores tantos, o sermos santos.
Só sei que os amigos existem realmente,
Menosprezo os pesares , as carências , os conflitos.
Vislumbro, também, o que move as boas intenções ,
os vastos ideais, os atos de bem.
Uns começando, outros terminando os caminhos ,
para continuarem andando em outros patamares ,
nossos, de todos , impregnados de amores .
Esqueçam-se as dissensões , as guerras de nervos ,
os maus olhares, os maus humores.
Promova-se o grito da independência das dores,
As vias são sem limites, infindas, porque infinitas,
com idas e vindas, que nos permitem viagens,
não só por estas lácteas galáxias,
e nebulosas tais, e cada vez mais,
de que nem se sabe se são pós de polvilho,
ou apenas sementes a pulverizarem mentes,
em noites cheias de trovas,
de luas cheias e de luas novas.
Um dia se saberá as razões de sermos o que somos,
desse universo certo e sem cercas.
Conceber-se-á o ilimitado do tempo imenso,
e, porque somos incansáveis exegetas,
cresceremos, para alcançarmos o inalcançável.
Para tanto, vivamos para viajarmos, amigos, juntos,
mesmo que, incontroláveis profetas
dos incógnitos mundos,
mesmo que nos aconteça afastarmos,
momentaneamente, das metas .
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