segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pensares a conta-gotas (117)

Sem mais nem por quê,
a  Fulminante passou a ser
uma palavra sem compromissos,
de difícil pronúncia e artifícios,
de som distante, de renúncia,
de ser ausente, omisso.




Se, antes, não soube dizer
“te amo”, como gostarias,
digo, agora, ao entardecer,
“te amei”, já arrependido
dos motivos que nem sei.




A árvore nem o conhecia,
mas estendeu-lhe sombra,
como manto e cama,
para repouso dos sonhos
e da fatigada alma.

A água fresca, do riacho,
corria-lhe ao pé,
em folguedos, ao lado,
para o gozo de viver
sagrado, harmonizado.

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