quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pensares a conta-gotas (119)

Se pensas que já morri,
ó figura da bruma!
enganas-te, que muito vivo,
precisando de ti.

Se pensas que ainda vivo,
saiba que apenas sobrevivo,
assim, determinado,
a ainda te encontrar,
caso não esquecestes de mim.

Tudo, neste mundo, é ir e voltar,
apressado, ou lento,
nada estático, definitivo, finado,
isento.





Agora, mesmo, neste momento,
exato,
já é o depois do instante passado,
tudo move, moveu e moverá,
neste mundo agitado.

O que fica dessa roda gigante,
onde somos apenas tripulantes,
é o desconhecido dos mistérios,
que sorvemos arfantes,
com o gás dos refrigérios.

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