sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pensares a conta-gotas (122)

À noite, o medo me deixa sujeito
a que o dia ainda tarde,
e me plasme, nas escuras, a pensar
nos dias, cada dia mais cedo,
de menos luz, de mais esperas,
de mais desejos insatifeitos,
de mais medos a vigiar,
do que quando me deito.




Mais depressa do que gostariam os mais sequazes,
a Terra se tornará Marte,
como outros mundos bem próximos da morte,
desnudados de vidas e do quanto lhes é sorte,
à insensatez desses vorazes habitantes fugazes.

Todos os pluriversos, pelo que ainda não se sabe,
permanecerão impensáveis, ilimitados e sempiternos,
para abrigarem lugares de gentes decadentes,
acostumadas a só construir infernos
diferentes, mas doídos e ardentes.

Nenhum comentário: