quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pensares a conta-gotas (71)

Como não sei me doar
Em bem falar,
Doo-me, assim,
como sôo.

Como só sei me doer
Em mais sofrer,
Condoam-se comigo,
como sou.


Quatro e meia me deitei,
Seis e meia me acordei,
Sete e meia me aprumei,
Pouco dormi, menos sonhei.

Do mundo a que sucumbi,
Pouco ou nada guardei,
Do tanto que menos vivi,
Mais com-tem-po-ri-zei.



Quero a vida viva, vivinha.
Morta, seria erva na horta,
A dar sementes daninhas,
Para mais gente mesquinha.


Andar e desandar,
Sem pressa de chegar,
É agravante bastante,
Para o caminhante,
Do irreverente,
E do instante irrelevante!

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