Como não sei me doar
Em bem falar,
Doo-me, assim,
como sôo.
Como só sei me doer
Em mais sofrer,
Condoam-se comigo,
como sou.
∞
Quatro e meia me deitei,
Seis e meia me acordei,
Sete e meia me aprumei,
Pouco dormi, menos sonhei.
Do mundo a que sucumbi,
Pouco ou nada guardei,
Do tanto que menos vivi,
Mais com-tem-po-ri-zei.
∞
Quero a vida viva, vivinha.
Morta, seria erva na horta,
A dar sementes daninhas,
Para mais gente mesquinha.
∞
Andar e desandar,
Sem pressa de chegar,
É agravante bastante,
Para o caminhante,
Do irreverente,
E do instante irrelevante!
Nenhum comentário:
Postar um comentário