quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pensares a conta-gotas (65)

(Elas 2)

A moça, toda solta,
se solta, envolta
em fresco e solto,
volátil vestido,
corpo e alma absortos
num incontido,
revolto sentido.

Proposital, exibe
um monumento visual,
bem sensual,
que remexe sem pejo,
o carnal desejo,
como num beijo,
que o tempo é sempre igual,
por natural.

Sabe ela, é claro,
que olhares vorazes
hão de comê-la,
como, é certo, comê-la-ão,
por inteira,
sem contra-mão,
sem qualquer barreira,
como parceira,
à revelia de pudica restrição.

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