(Fatalidade)
Há muito , o branco domina
O cinza dos meus cabelos.
Há muito , o escuro se esconde
No branco da minha barba .
Há muito , a sombra não pode
Há tempos , o lusco-fusco não acorda,
No recôndito dos meus “et cetera”.
O vermelho do meu rosto.
Pobre de mim!
Diante destas furtivas horas,
Como coisa que, nem um tanto mais,
Me reconheço!
∞
Às vezes, escuto um blues
A mais cinzas
De luz .
∞
A gente pensa
e medita.
Às vezes, grita
Com desagrado.
E conclui, do enfado:
Mais se pensa ,
Mais se agita,
Menos se apressa,
Presos na prensa,
Que nesse recanto
Sempre nos habita.
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