quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Pensares a conta-gotas (218)


A pior democracia vale a melhor ditadura?
- Não, nem rapa mole, nem rapa dura. Probidade. 

A liberdade não é moradora daqui,
a não ser em seus arremedos,
feitos de medo e aparências,
dentro dos moldes das demências. 

A democracia, com tal jeito
de enganar as massas
nunca foi democrática,
e só salva os interesse dos paços. 

Muitos que só a enaltece,
sem conhecê-la, na sua inteireza,
sem senti-la na carne,
muito menos a sente na crueza.
 
 
 
 
Por que será que não mais se vê
réstias de sol, no rancho escuro,
pitadas de sal, no prato do apuro,
mais sorte, no Nordeste e Norte,
toques de brio, no céu do Brasil? 

A sobra para o pobre é nonada,
não cobre o rosto vil do tribuno,
do gatuno, dos senhores da dor,
dos juízes rarefeitos na injusta
falta de abertura dos arcos e pires,
nas curvaturas dos plenos poderes. 

A forra dos crimes sem penas,
são as grades dos jurados e tribunas.
Para uns, o tesão da toga ou da bata,
para outros, os ferrões da chibata.
Para uns, o tudo absoluto da potência,
para outros, a relativa mísera carência.

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