sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Pensares a conta-gotas (267)


Poucos leem,
menos, ainda,
poesia. 

Seletos e pacientes,
os que debruçam,
nas entrelinhas dos textos,
com objetivas lentes,
à procura de fantasias. 

Em dentes de pentes,
em elos de joias, bijuterias,
e mais tantas correntes,
há súbitas harmonias
saindo de dentro da gente. 

 

Não leio somente poetas letrados,
consagrados no palco
de meu questionável, 
momentâneo agrado. 

Leio os iniciantes, titubeantes,
claudicantes, cheios de desejos,
mesmo que latentes,
que não mentem suas sementes.

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