quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pensares a conta-gotas (262)


Antes, assoviava aos passarinhos,
livre das jaulas, bem baixinho,
até nas salas de aulas,
distraído com carinho e alma. 

Hoje, ainda, os imito, devagarinho,
pelos cantos, tocado de desejos, 
assoviando, como andejo, reprimido,
por me sentir sozinho. 


Bichos não inovam
no seu conviver diário.
Coerentes, autossuficientes,
são isentos,
quando matam e comem,
por missão de berçário. 

Homens não são solidários,
inovam, inventam,
matam e somem,
sem comiseração,
com quem reprova
seu ideário sanguinário.

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