sábado, 25 de agosto de 2012

Pensares a conta-gotas (132)


Não reparem na roupa que uso,
e nos alinhavos
que faço, no fuso.

Não meçam o fio que teço,
e o algodão
de que me abasteço.

Não analisem o pano que urdo,
e os bordados
que faço, de tudo.

Os textos, devagar, trespasso,
no interesse do final produto,
de cada jeito e compasso.




O que se pode fazer
diante disso tudo?
Dizer, simplesmente,
que se é mudo?

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