Não reparem na roupa que uso,
e nos alinhavos
que faço, no fuso.
Não meçam o fio que teço,
e o algodão
de que me abasteço.
Não analisem o pano que urdo,
e os bordados
que faço, de tudo.
Os textos, devagar, trespasso,
no interesse do final produto,
de cada jeito e compasso.
∞
O que se pode fazer
diante disso tudo?
Dizer, simplesmente,
que se é mudo?
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