(Noturnos)
Noites de vampiros famintos,
denteagudos, esvoaçantes,
a tecerem crinas indefesas,
a sugarem o desassossego
dos que berram dores lancinantes;
Fome de corujas acordadas,
de olhos arregalados,
a abrirem bicos, por instinto,
e piarem desaforos,
de foro íntimo;
Imagem de carros recostados,
cabeçalho ao chão, recavém aos ventos,
a reclamarem bois,
que cochilam seus cansaços,
lá no pasto, do sustento;
Lua, no compasso de nuvens,
ora acendendo, ora apagando
estrelas as mais coesas,
a sugerirem incertezas,
ora tristezas, ora lamentos;
Noite de medos encapuzados,
a beberem sangue de bezerros,
a incitarem afoitos cavalos,
enquanto homens insones
recordam mendigos passados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário