quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pensares a conta-gotas (130)




Que venha, como ladra, a morte
roubar-me a vida, sem perceber,
sem mais sofrer de contragostos,
dos anos de saúde e bom viver.




Quantas notícias em jornais,
em anais e lugares mais,
quanta vontade de destruição,
quantos assassinatos e extermínios,
quantas Columbines ainda virão,
para a cruenta e cabal saciedade,
na volta dos soldados transidos,
revoltados das tormentas,
cabeças de cérebros cozidos,
nas idéias em reviravoltas, agourentas,
das areias de desertos exauridos,
loucas varridas, de falidas verdades,
sedentas de sempre mais atrocidades?

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