terça-feira, 26 de junho de 2012

Pensares a conta-gotas (115)

"Antes, agora e para sempre, amém."

No mundo dos ricos, foi sempre assim,
há os mais e os menos ricos.
No mundo dos pobres,
os mais e os menos pobres.
No mundo dos míseros,  
os mais e os menos míseros.

Entre os famintos, sempre foi assim,
há os menos e os mais famintos.
Entre as pessoas sensatas,
as mais e as menos sensatas.
Entre os viventes, não há iguais,
só rivais, em duelos mortais.

A igualdade não anda de mãos dadas
com a fraternidade, que não existe,
que não anda de braços dados
com a liberdade, que não resiste
a esse mundo, sem solução
de desumanidade, sempre em conflitos.

Só não vê quem não quer ver o rico,
que não vê o pobre, que não vê o miserável,
que não vêem os sábios, que não se fazem ouvir
dos santos, que não são os Sãos dos altares,
mas os dos vários cantos de gentes ralés,
que não fazem milagres de velas aos pés.

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