terça-feira, 19 de junho de 2012

Pensares a conta-gotas (112)

Aproveitem, ó musas do ar,
para se mostrar,
enquanto é tempo de culto
à nova escultura do corpo,
às carnes das curvas sólidas,
à pele lisa e à estrutura rígida,
brilhantes de óleos e odores.

As horas, os momentos,
os produtos dos minutos,
as forças dos unguentos,
haverão de ceder, bem cedo,
lugar ao tempo absoluto.




Que diferença faz se Skol,
bavária ou skincariol,
kaiser, brahma ou antártica,
se a vida é devassa ou boemia?

Que diferença sempre se fez,
se tristeza ou alegria,
se riqueza, pobreza ou miséria,
se rotina não namoram bonomia?

As marcas da vida não fabricam
misturas de sabores,
de dores com alegrias,
de prazeres com dissabores?

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