sábado, 9 de junho de 2012

Pensares a conta-gotas (106)

Homens nascem, dormem
e acordam esmorecidos.
Envelhecem e morrem,
empobrecidos,
apodrecidos, como sementes
de viventes.

E sempre passam, repassam
e renascem, mais adiante,
em tempos e lugares distantes,
esquecidos já das pegadas,
deixadas em passagens,
precedentes.




Nessa altura da vida,
pode-se, até, confirmar
que o amor verdadeiro
nada tem de tão inteiro,
ao se deixar comparar
aos mecânicos atos
de um apenas procriar
                  de movimentos exatos.

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