sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pensares a conta-gotas (55)

Contentamo-nos com pouco,
Que o muito, pouco nos importa,
Menos acrescenta à carga
Que carregamos pouca,
E torta.

Apenas a calmaria nos apoquenta.
Tira-nos a liberdade de ir e vir,
E ainda costuma nos privar
Da graça de mais porvir,
E de poder sonhar.

Nada nos desperta,
Nem sonhos,
Nem aconchegos,
Ou pesadelos.

Assim, isentos,
Ainda insistimos
Em nossos intentos
De caprichos, desejos,
Zelos ou desmazelos.

Caminhamos, de olhar fixo,
Sem eira nem beiras,
Um tanto rijos.
Beiramos ladeiras.




Não passou pela vida,
Inútil mente,
Nem deixou herança,
Inconsútil.

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