Noturno em Brasilia
A madrugada silencia as ruas,
aqui inexistentes e nuas.
A alma fria se consulta
num diálogo de orvalho e pranto
Um sonhador não tem proibido,
Deixa-se levar em aventuras sonhadas,
criadas à revelia de si.
Solitário, a esmo, caminha,
sem traçar o rumo.
Desconhece o tempo,
desvia-se da estrada,
e... tropeça na velo cidade planejada.
Um dia, as fibras cedem,
o ânimo esfria, o corpo arria...
soçobra à triste sina do fim.
Adormece na Cidade veloz
que, firme e forte, ignora sua voz.
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