segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pensares a conta-gotas (49)

Antes rezei, em longas horas,
Muito mais da boca para fora
Oro, agora, do fundo d´alma
Em breves segundos de calma
Penso encontrar suporte
Na prece que sempre me aflora
De bem viver, sem mais demora.


Ó, Senhora nossa Aparecida,
Santa negra nossa, negra santa,
No rio de lamas naufragada,
Desnuda das águas e ramas,
Em farto manto revestida,
De aparências de pouca vista,
De mais vestes, de menos vida,

Proteja-nos das forjadas falácias,
Que nos invadem de todos os lados,
E nos assustam de todos os cantos,
E nos ameaçam de tantas normas,
Mais céticos, menos santos, de jeitos
Mais cheios de ornatos e de formas,
Que de encantos e reais efeitos.

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