Eles olham, e fazem de conta que não vêem.
Se vêem, fingem que não enxergam.
Escutam, e juram que não ouvem.
Se ouvem, fingem que não percebem.
Sabem, e afirmam que nada conhecem.
Se conhecem, dizem que não lembram,
Para simularem que se esquecem.
Cúmplices, inventam que não são.
Se matam, fazem-se de vítimas.
Violentos, se arvoram da verdade,
Do privilégio, do direito e da isenção.
E metem medo para calarem a razão.
Os outros, somos apenas os outros,
Que inventamos que nada sofremos,
Já que os motivos do mais poderoso
Passam a ser os mais respeitosos,
Com negativas dos crimes dolosos.
∞
Conhecer o universo
Será viajar o momento,
Na pressa
Do pensamento?
Nenhum comentário:
Postar um comentário