sábado, 20 de outubro de 2012

Pensares a conta-gotas (148)




Sinais dos tempos

Distâncias se encurtam
Tempos se enlutam
Rios, mares evaporam
Calor aumenta e mata
Frio derrete ou esmaga.

Chuvas engrossam e engolem,
Ventos e fogo devastam
Ar sufoca e envenena
Animais desaparecem
Pessoas crescem ou se apequenam.

Amigos nascem e somem
Virtudes passam e se estiolam
Amor e sexo perdem a graça
Nas quermesses das praças
Enfraquecidos da vida fácil.






Sofre de um querer
estar sempre certo,
no modo incerto de viver.

Mas sabe de outros olhos   
menos errados,
porque menos vendados.

Pouco deixou de lado,
de manias, vindas do berço,
de julgar-se depreciado
sem endereço.

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