quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pensares a conta-gotas (145)

Não se pisa
em grão de arroz
por julgá-lo desprezado.

Dele poder-se-á precisar,
depois,
quando esfomeado.




Não deu valor a caco de cuia,
gastou o que ainda tinha,
e o que não tinha,
fez pose de nababo,
escondeu o próprio rabo,
em festas de aleluias.

Mas, um dia, chorou carestia
nos desvãos da insanidade,
que a vida fácil,
geralmente, propicia,
desconhecendo idade,
com muito mais avarias.




Dorme
sobre(o)nome,
depois, morre
de fome.




As águas não têm idade,
por onde passaram
continuam passando
em liberdade.

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