quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pensares a conta-gotas (146)

Não quer a fé do medo,
mas a do reconhecimento,
da exaltação do belo
e do valor do já criado.

Fora, o gratuito proibido!
o temor, o terror, a dor
em proveito do louvor,
sem o agradecimento!

Por que existir ressabiado,
andar de lado,
fugir de pecado, de tentação,
cego para os que não pensam
amarrados?

Por que viver diferente,
renunciado à procriação,
daquilo para o quê
foi pensado?

Por que mutilações, chicotes, açoites,
sacrifícios, cilícios, mortificações,
com mais isso e menos aquilo,
privado das mínimas aptidões?

Por que não procurar satisfazer,
seu e deles, o comedimento,
ajudar quem não pode esmorecer
no caminho dos experimentos?

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