quarta-feira, 28 de março de 2012

Pensares a conta-gotas (81)

A dor da morte é a de quem
À morte sobreviveu,
Ou a de quem
Ainda muito mais ama
Quem muito mais sofre,
Porque, ainda, não morreu?




Quanto mais alimento se produz,
No mundo,
Mais se traduz fome,
Menos se come.

Faminto, o homem,
No limbo, se consome,
E o reduz a magreza
A mais pó na natureza.




Necessário é fazer de conta,
Vestir capa do saber,
Parolar difícil, fazer trejeitos,
Como em reposteiro,
Sem se revelar por inteiro?

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