quinta-feira, 8 de março de 2012

Pensares a conta-gotas (74)

Enquanto acorda,
recorda.
Enquanto vive,
revive.
Enquanto escreve,
revisa.

Acordado sonha, pensa
e se resolve.
Que a paz da alma aparece,
ou some,
nos instantes insones
de calma.


Saber-se-á, um dia,
o quanto há de poesia,
no que se escreve,
ou se esgarça na ousadia?

Observa-se, pensa-se
o que se é dado observar,
e se enleva,
no que se pensa e observa.

Quanto não se doa, no ar da graça,
ao que aspira ou se enlaça,
para mais in-tentar transpor  
o que se propõe fazer, ou faça!


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