quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pensares a conta-gotas (233)


Palavras não se medem
e se soltam, assim,
tão fácil, da mente
ou do papel consciente,
(onde nasceram).
 
Entram nas almas receptivas,
pelas janelas e portas da frente,
e dizerem, em linguagem diferente,
mesmo que em tom de infantes:
“perscrutem-me, apenas, um instante,
para que lhes diga ter valido a pena
interromperem, um pouco, o sufoco
dessas agitações persistentes,
para se dignarem sentir, humildes,
meu hálito quente”. 

O poema tem que dizer
coisa com coisa, repassar emoções,
que as pessoas entendam,
num piscar de olhos
ou batida do coração,
sem precisarem de traduções
comoventes.

Nenhum comentário: