sábado, 21 de setembro de 2013

Pensares a conta-gotas (230)


(Para Mimi Lajous, lembrando Paris dos anos 70)

Paris sempre há de ser luz,
o que muda são os penteados,
as feições e rostos,
as fantasias e prédios,
as canções, os prazeres e alegrias,
ou, mesmo, os tédios, por ironia.  

Paris devra être toujours lumière,
ce qui change ce sont les coiffures,
les apparences et visages,
les fantaisies et bâtiments,
les chansons, les joies et plaisirs,
voire, même, les ennuis, par ironie. 

Mudanças vão acontecendo,
sem que se lhes dê reparos,
imperceptíveis e quotidianas atenções,  
até que um dia vêm os acontecimentos, as fotos
para nos levar a variadas sensações.  

Ces changements vont à son train,
sans besoins de gros renversements,
avec des imperceptibles et quotidiennes attentions,
jusqu´au jour où arrivent les événements et les photos
pour nous ramener à des sensations variées. 

Onde, agora, os penteados, as pessoas,
os prédios, as canções, as emoções?
Recolhidos, quem sabe, em capa de saudade?
Maldades dos tempos? Bondades da vida?
Não, sentimentos inerentes ao passar das idades.  

Où, maintenant, les coiffures, les personnes,
les bâtiments, les chansons, les émotions?
Reccueillis, peut-être, sous cape de nostalgie?
Méchancetés des temps? Bontés de la vie?
Non, des sentiments dus aux jours durants.
 
 

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