quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pensares a conta-gotas (228)


Busca-se amor intenso,
seja de que jeito for,
físico, platônico,
lacônico, tagarela,
de almas e corpos enleados,
presentes nos desejos e beijos
dele e dela, sem janelas.  

Amor que não trema,
mas que se extreme,
ou estremeça,
que não crie ramas
ou dramas,
que recomponha as tramas
do gesto do desprendimento,
que agregue valor maior
no desvencilhar da dor,
tais os amores materno,
paterno, fraterno,
ternos, eternos
e o que mais for de valor.
O amor se veste, inconteste
de diferentes cores.
 


 
O que falta, nos dias de hoje,
na mesa e no coração,
são o arroz, o feijão e o pão,
o amor, a paz e o perdão,
o silêncio, o sono e o emprego,
o desapego ao torrão e o sossego,
os abraços, o desvelo e os laços,  
a abnegação, inerentes à doação,
antes, durante e após a comunhão.

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