quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pensares a conta-gotas (229)


É chegada a hora,
em que não há mais jeito
de, atento, observar
o tempo passar,
sem que se extinga,
o ânimo, à míngua.
 


Passou-se mais um dia, como os de ontem;
passaram-se noites, como já outras mais,
de insatisfações, pensares de ousadias;
passam-se, hoje, nuvens brancas,
carregadas de vontades tardias
de chover fecundidades
cheias de novidades:
mesmo que sendo
de poesias vadias.
 

Correm do tempo,
com a morte aos pés.
Não olham para trás,
que tanto faz.
A parceira é fatal,
de inabalável propósito,
no cômputo geral!
 


Dizia que corria
da morte.
Não seria da má sorte,
que bem cedo
o levaria?

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