Esses pássaros mágicos que ora sobrevoam, em liberdade,
a Carélia, de ilhados monumentos, à beira lagos,
e pousam sobre cercas assinaladas pelos tempos,
nesses lugares ermos, recônditos, frientos,
teriam, ainda, como nós, debilitados seres humanos,
a consciência dos avós de mil milhares de anos?
O que somos, o que fomos, o que seremos,
para os muitos de nós, que virão, em comitivas,
confrades, providos de memória e ânimos,
se a tanto permitirem as mentes lucrativas?
Por quanto tempo, ainda, conseguiremos ser,
tais pássaros pousados sobre estacas, independentes,
à procura do que dizer, como sempre dissemos,
de como sobreviver, por que tempos e finitudes
continuaremos a voar, sem perdermos o rumo,
nessas e noutras, embora longínquas, latitudes?
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