terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pensares a conta-gotas (162)


Só não fazem, porque não querem.

Se o país tivesse cabeça,
tronco e membros abnegados,
convocaria crianças de rua,
as todas, pobres coitadas,
abandonadas. 

Dar-lhes-ia boa comida,
boa dormida, boa escola,
guarida às suas famílias,
e nenhuma esmola,
na sacola. 

Oferecer-lhes-ia opções de vida:
esportes, ad libitum, como usuários,
voluntários,
nas todas modalidades possíveis,
existentes,
segundo as aptidões apontadas,
nos treinos diários e atraentes.  

Músicas nos ritmos locais,
bem pontuais e variados,
muita cultura, muito teatro,
muita dança, lazer e literatura,
instrumentos, para as horas vagas,
segundo os interesses, e os altos ideais.
 
Em tempo recorde,
o país teria muito dinheiro poupado,
das prisões, dos hospitais
e de outros lugares mais;
o corpo retificado, a cabeça arejada,
o tronco sarado, o orgulho regrado,
e os membros, cidadãos consagrados,
com muitas medalhas no peito,
e o esforço recompensado.

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