Na ampulheta do tempo,
A areia consome
As Idades do homem.
“Setenta anos é o total de nossa vida. Os mais fortes chegam aos oitenta. A maior parte deles, sofrimento e vaidade. Passam depressa e desaparecemos.” (salmo 89 - v.10)
De grão em grão de areia,
de hora em hora na bateia,
de dez em dez de vida
corrida e cheia
corrida e cheia
passam o homem e as idades .
De zero aos dez ,
muita avidez no sustento;
dos dez aos vinte,
dos vinte aos trinta,
o ímpeto pinta e repinta;
dos trinta aos quarenta,
mais o corpo se esquenta;
dos quarenta aos cinqüenta,
a pressa, em fogo, aferventa;
dos cinqüenta aos sessenta,
o ânimo arrefece, mas enfrenta;
dos sessenta aos setenta,
a fragilidade se apresenta;
dos setenta aos oitenta,
a idade racha ou agüenta;
dos oitenta aos noventa,
tudo se complementa;
dos noventa aos cem ,
a vida vira desdém ;
o homem é sequaz
do viver incapaz.
Para
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